Informativo

- 07/10/25

Reforma Tributária na Prática: Como preparar sua empresa para a implementação da CBS e IBS a partir de 2026

Aprovada em 2023, a Reforma Tributária (EC 132/2023) deu início à maior transformação do sistema fiscal brasileiro das últimas décadas. A partir de 2026, o modelo de IVA dual começa a valer, substituindo tributos como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS por dois novos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) 

Essa transição, que se estenderá até 2033, exigirá das empresas não apenas ajustes técnicos, mas também mudanças estratégicas. O impacto será sentido na formação de preços, fluxo de caixa, contratos comerciais e até na estrutura das empresas, a depender de cada caso. 

Para empresas de médio a grande porte, com estrutura fiscal e contábil enxuta – muitas vezes terceirizada –, o desafio é ainda maior: como garantir que a transição ocorra sem riscos à conformidade e sem perda de competitividade? 

O que precisa estar no radar da sua empresa agora  

Mesmo que o novo sistema só comece em 2026, esperar até lá para agir pode ser um erro caro. A experiência mostra que empresas que iniciam o planejamento com antecedência conseguem transformar a mudança em vantagem competitiva.  

Alguns pontos críticos que devem ser endereçados desde já: 

  • Governança e planejamento: criar um comitê interno, mapear tributos atuais, avaliar regimes adotados e incluir a reforma no planejamento estratégico e orçamentário. 
  • Tecnologia e ERP: validar com fornecedores de ERP (TOTVS, SAP etc.) a atualização para CBS/IBS, revisar cadastros fiscais, configurar novos documentos eletrônicos e preparar sistemas para testes o quanto antes
  • Capacitação: treinar equipes-chave, desde financeiro e contábil até compras e comercial, para entender riscos e oportunidades do novo sistema. 
  • Análise de impactos: simular cenários de precificação, revisar margens e avaliar elasticidade de preços. 
  • Contratos e políticas internas: revisar cláusulas de preço, responsabilidade tributária e reequilíbrio, além de adaptar políticas comerciais. 
  • Oportunidades: revisar créditos de tributos atuais antes que restrições os impeçam, além de reavaliar estruturas logísticas e operacionais que dependiam de incentivos fiscais.

Os riscos de não agir 

Adiar o planejamento pode trazer consequências sérias, como erros na emissão de notas fiscais e na escrituração, perda de créditos tributários relevantes, contratos mal ajustados que transferem riscos indevidos para a empresa, dificuldades na adaptação do ERP, além de impactos inesperados na margem e no fluxo de caixa, comprometendo diretamente a competitividade do negócio. 

Da complexidade à oportunidade 

A boa notícia é que, com a preparação correta, a transição pode representar não apenas um desafio, mas uma chance de reorganizar processos, aproveitar créditos esquecidos e alinhar a estrutura da empresa a um modelo mais moderno e eficiente.   

É por isso que muitas empresas já estão contando com apoio jurídico especializado para conduzir essa adaptação, garantindo segurança e visão estratégica em cada etapa. 

Conclusão   

A implementação da Reforma Tributária não será apenas um “ajuste operacional”: ela redefine a forma como sua empresa lida com tributos, contratos e preços de produtos e serviços. Quem se preparar desde já estará em posição de vantagem. 

O Sperling Advogados tem acompanhado de perto a tramitação e regulamentação da Reforma Tributária e já apoia empresas em diversas etapas do processo de implementação. 

Estamos à disposição para auxiliar na transição para o novo sistema com segurança e transformar a Reforma Tributária em oportunidade.